Com as costas coladas na grade, o brasileiro, campeão dos pesos médios do UFC, conseguia se esquivar de praticamente todos os golpes do americano. Bonnar começou a se desgastar e a ficar com a confiança abalada. Até que veio a esquiva que o humilhou. O americano tentou um chute, Anderson saiu de onde estava, e ele acertou a tela em cheio. Dali em diante foram 1min48s segundos até o nocaute.
"Eu não sou o melhor, não. Mas sou capaz de fazer o que muitos consideram impossível", disse Anderson Silva ainda dentro do octógono. Depois o lutador explicou a façanha. "A explicação é simples. Tivemos pouco tempo para treinar, mas foi de qualidade. Já vinha com um lastro bom da última luta. Pensamos: 'o Bonnar é muito mais pesado, mas vou conseguir defender bem das quedas. Se ficar na grade, vai ser difícil para ele'. Fiz o que meus treinadores mandaram fazer. O que me mandam fazer eu faço".
Ali, com a grade colada nas costas, Anderson conta que conseguiu ter percepções que normalmente não consegue quando os dois lutadores estão na trocação no meio do octógono. "Meus treinadores vão tentar me matar, mas devo admitir que me senti confortável na grade. Conseguia antecipar tudo o que o Bonnar iria fazer por eu ser mais leve. Percebi que ele estava com a respiração errada. Aí já era", prosseguiu.
O lutador ouviu muitos elogios do chefão do UFC Dana White. "Será o fim de uma era quando Anderson Silva se aposentar. Há tantos caras talentosos no UFC, muitos deles criaram o UFC, mas eu não sei se teremos algum dia outro Anderson Silva. Ele faz coisas que ninguém consegue. É impressionante", derreteu-se em elogios.
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